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A história por trás da Torre de Babel

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Sinear, Mesopotâmia — Um episódio enigmático da antiguidade continua intrigando teólogos, historiadores e curiosos do mundo todo. A chamada Torre de Babel, mencionada na Bíblia, seria o ponto de partida para a diversidade linguística da humanidade — ao menos segundo a tradição judaico-cristã.

Uma torre para tocar os céus

De acordo com o relato no livro de Gênesis (11:1-9), após o dilúvio narrado na história de Noé, a população humana ainda falava uma só língua. Unida, ela se estabeleceu na planície de Sinear, região associada à antiga Mesopotâmia, e deu início à construção de uma cidade e uma torre que chegasse aos céus.

“Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus e assim faremos um nome famoso para nós”, teriam dito os construtores, segundo o texto bíblico.

O empreendimento, no entanto, teria desagradado a Deus. A motivação por trás da torre — um símbolo de orgulho, poder e autossuficiência humana — foi vista como um risco à ordem divina.

A confusão das línguas

Para interromper o projeto, Deus teria decidido confundir a linguagem dos homens, fazendo com que já não conseguissem se entender. A falta de comunicação inviabilizou a obra e forçou a dispersão da humanidade pela Terra.

Foi nesse momento que, segundo o relato, nasceu o nome Babel, termo relacionado ao verbo hebraico balal — “confundir”. A cidade mencionada na história seria o embrião da futura Babilônia, um dos grandes centros da civilização mesopotâmica.

Entre mito e arqueologia

Embora não haja evidências diretas da existência da torre descrita em Gênesis, arqueólogos já descobriram estruturas semelhantes conhecidas como zigurates — torres escalonadas construídas na antiga Mesopotâmia para fins religiosos. Um dos mais conhecidos é o zigurate de Etemenanki, em Babilônia, que pode ter inspirado a lenda bíblica.

Especialistas apontam que a narrativa tem traços comuns a outras histórias antigas que tratam do orgulho humano e da intervenção divina, sendo também uma forma simbólica de explicar a diversidade de idiomas e culturas.

Legado e influência

A história da Torre de Babel atravessou os séculos e influenciou profundamente a arte, a literatura e até o vocabulário moderno. Hoje, o termo “babel” é usado para descrever lugares de confusão e barulho, especialmente quando há muitas línguas sendo faladas ao mesmo tempo.

Obras famosas, como as pinturas de Pieter Bruegel, romances contemporâneos e até projetos de engenharia e tecnologia já referenciaram o mito. Ele segue sendo interpretado por estudiosos como uma crítica à arrogância humana, à centralização do poder e à busca por glória sem propósito.

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