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Rastafári: a religião jamaicana difundida por Bob Marley por todo o mundo
Quando se pensa em Bob Marley, o jamaicano mais conhecido no mundo todo, as pessoas normalmente se lembram de algumas coisas: suas músicas de protesto, sua positividade e, claro, maconha. Mas nem sempre as pessoas recordam que ele era um rastafári, adepto de movimento social e espiritual que se espalhou na Jamaica a partir da década de 1930.
O rastafarianismo deve parte de sua difusão pelo mundo às letras de Bob Marley, mas é uma religião complexa e com forte tom político.
O surgimento do movimento rastafári
O rastafarianismo surge na década de 1930 como um movimento religioso multifacetado. Sua origem é creditada ao ativista jamaicano Marcus Garvey, que uniu o conhecimento adquirido em suas viagens pela América do Sul e Central com o seu apreço pela história da África.
Em 1914, Garvey fundou a Universal Negro Improvement Association (UNIA) e a Liga das Comunidades Africanas na Jamaica. Suas ideias visavam estabelecer instituições de ensino para negros nas quais se ensinasse a cultura africana. O propósito era fortalecer os países africanos, livrando-os do domínio colonial e transformando-os em potências, com pessoas cada vez menos vulneráveis.
Dez anos depois, em 1924, um príncipe chamado Ras Tafari Makonnen foi coroado como o 225º Imperador da Etiópia, alegando ser descendente direto do rei Davi bíblico. Por conta da influência das ideias de Garvey, muitas pessoas começaram a crer que o imperador vinha para acabar com a dominação europeia e acabar com o sofrimento africano.
Mais tarde, o imperador adotaria o nome de Haile Selassie I (que significa “poder da santíssima trindade”, além de adotar o título de “Sua Majestade Imperial, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, o Leão Conquistador da Tribo de Judá, Eleito de Deus”) e passaria a ser venerado como um deus vivo, encarnando a esperança na redenção africana. Os adoradores de Selassie ficaram conhecidos como “ras tafaris” ou “rastafarians”, que, mais tarde, evoluíram para “rastamen” e “rastas”.
A popularização do movimento rastafári
Ou seja, o rastafarianismo foi se estabelecendo por raízes complexas que misturavam religião, filosofia e política. Com o tempo, foi incorporando cada vez mais os desafios que acompanhavam a realidade dos jamaicanos. Conseguia, assim, adesão entre os mais pobres, justamente os que necessitavam da esperança de dias melhores.
Aos poucos, o rastafarianismo foi evoluindo para uma filosofia mais abrangente que envolvia ideias e princípios. A adesão dos intelectuais, a rejeição da “visão de mundo Rastafári” pelas autoridades coloniais e a invasão da Etiópia em 1934 fizeram com que o movimento fosse encontrando cada vez mais simpatizantes. Os adeptos questionavam as normas religiosas eurocêntricas impostas pelos colonizadores e se interessavam de forma crescente pela sua herança cultural negra.
Com o apoio de líderes intelectuais, como Leonard Howell, os conceitos do rastafarianismo se tornavam mais tangíveis e compartilháveis, aumentando a quantidade de discussões e debates sobre as escrituras, tornando a religião – que possui uma cosmovisão judaico-cristã profundamente afrocêntrica e anticolonial – cada vez mais difundida.
A fama de Bob Marley ajudou nessa popularização, pois suas músicas faziam essa visão circular pelo mundo todo. Basta prestar atenção na letra de músicas como “Redemption Song” ou “Them Belly Full but we Hungry”. Tudo isso tem feito com que a filosofia Rastáfari — que defende a espiritualidade, a identidade e a justiça social — siga viva na era atual, e sempre encontrando devotos que se apoiam nesses valores.
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