NOSSAS REDES SOCIAS

Saúde

Rio Grande do Sul confirma óbitos por leptospirose

Publicado

em

Foto divulgação

Ministério da Saúde diz que em episódios mais graves, o risco de morte pode chegar a 40%

Desde o fim de abril, o Rio Grande do Sul tem sofrido com as fortes enchentes ocasionadas pelas chuvas que devastaram a maior parte do estado. Até agora, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou a morte de duas pessoas por leptospirose.

Trata-se de um senhor de 67 anos, no município de Travesseiro, no Vale do Taquari, e um homem de 33 anos, na cidade de Venâncio Aires.

O médico Luis Felipe Paschoali explica que a bactéria leptospira é a causadora da doença. Ela pode ser contraída por meio de contato direto com a água contaminada pela urina de animais infectados, principalmente ratos.

Sintomas e diagnóstico

Segundo Paschoali, a maioria dos casos são leves, que podem passar com um quadro inespecífico de febre, dor muscular em panturrilhas (a mais característica da doença) e o desenvolvimento de icterícia (coloração amarelada da pele e mucosas, melhor percebida no olho). “Contudo, existe uma forma grave, chamada de síndrome de Weil, que além dos sintomas citados, a pessoa desenvolve insuficiência renal e sangramento, podendo ser fatal”, alerta.

Dr. Luis Paschoali - Foto divulgação

Dr. Luis Paschoali – Foto divulgação

O diagnóstico inicial é clínico. O médico correlaciona os sinais e sintomas do paciente, verificando se houve contato com a urina de ratos, como em situações de enchentes e alagamentos. Conforme afirma o especialista, há a possibilidade de solicitar a sorologia que vai detectar os anticorpos contra a bactéria. Ele conta que é possível visualizá-la no microscópio, utilizando uma forma diferente da iluminação.

Tratamento

Paschoali comenta que o tratamento é feito com antibióticos e o tempo da doença pode variar de acordo com a resposta do paciente, durando entre sete e 14 dias. O médico reforça que as complicações levam mais tempo para a recuperação. Além disso, pode haver sequelas permanentes, como insuficiência renal crônica, com necessidade de realizar hemodiálise e transplante de rim.

Prevenção

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) orienta que a população evite o contato com água ou lama que possam estar contaminados pela urina do rato. Pessoas que trabalham na limpeza e no desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha. Medidas ligadas ao meio ambiente, como o controle de roedores, obras de saneamento básico e melhorias nas habitações humanas também ajudam a prevenir.

Continue lendo

MAIS LIDAS