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Saúde

Bradicardia: entenda o problema que faz o coração bater lentamente

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O cantor Arlindo Cruz - Foto divulgação

Tontura ou sensação de desmaio; cansaço extremo, mesmo sem esforço; sensação de falta de ar; desmaios; palpitações ou sensação de que o coração está batendo devagar são sintomas da doença

Em abril deste ano, o cantor Arlindo Cruz ficou internado na unidade semi-intensiva de um hospital no Rio de Janeiro para tratar a bradicardia. O artista lida com as sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico sofrido em 2017. O cardiologista Bruno Gustavo Chagas (CRM-RO 4359 e RQE 1140) esclarece que o coração de um adulto saudável bate entre 50 e 100 vezes, por minuto, em repouso. No entanto, se o coração bater menos de 50 vezes por minuto, o médico comenta que temos a bradicardia. “Nem sempre é um problema, mas pode ser, dependendo dos sintomas e da causa”, aponta.

Para diagnosticar a bradicardia, o cardiologista faz um eletrocardiograma (ECG). Trata-se de um exame rápido e de baixa complexidade que registra os batimentos cardíacos. “Se o ritmo estiver abaixo de 50 batimentos por minuto, e uma pessoa apresentar sintomas, a bradicardia pode ser diagnosticada”, ressalta.

Causas

Segundo o especialista, as principais causas da doença englobam o envelhecimento natural do coração, que pode “desacelerar” com o tempo; problemas no sistema elétrico do coração, que controlam o ritmo dos batimentos; doenças cardíacas, como infarto ou inflamação do coração; alguns medicamentos, como aqueles usados para pressão alta ou outros problemas cardíacos, podem diminuir a velocidade dos batimentos; outras condições de saúde como hipotireoidismo (tireoide fraca) ou apneia do sono.

Tratamento

De acordo com o médico, o tratamento depende da causa da bradicardia e dos sintomas. Algumas opções incluem:

Ajuste de medicamentos: se um remédio estiver causando bradicardia, o médico pode ajustá-lo ou substituí-lo por outro.

Marca-passo: em casos mais graves, quando a função do coração é comprometida por não conseguir manter um ritmo adequado, pode ser necessário implantá-lo. “É um dispositivo que ajuda a regular os batimentos cardíacos”, observa.

Doenças subjacentes: se a bradicardia estiver associada a uma condição como o hipotireoidismo, o tratamento da doença subjacente pode resolver o problema.

Problema fisiológico

Bruno explica que a bradicardia pode ser fisiológica (algo normal em algumas situações), como, por exemplo, em atletas. “Pessoas que praticam exercícios físicos intensos, como maratonistas, muitas vezes têm um coração mais eficiente, que batem mais devagar em tranquilidade, sem causar problemas”, pontua. Já durante o sono, ele lembra que é normal o coração bater de modo mais lento.

Dr. Bruno Gustavo Chagas - Foto divulgação

Dr. Bruno Gustavo Chagas – Foto divulgação

Conforme o médico, nesses casos citados, a bradicardia não é perigosa porque o coração continua funcionando corretamente e fornecendo oxigênio suficiente ao corpo. Por esses motivos, a doença não necessita de tratamento.

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