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Saúde

Câncer de ovário: 7 em cada 10 pacientes morrem em decorrência da doença

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Eva Wilma e Márcia Cabrita - Foto divulgação

Tumor representa 3% das neoplasias detectadas em mulheres no país

Eva Wilma e Márcia Cabrita foram duas atrizes famosas do Brasil que morreram em decorrência do câncer de ovário. Estimativas feitas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), no triênio de 2023 a 2025, mostram que o número de mulheres diagnosticadas com a doença deve ultrapassar os sete mil novos casos por ano. Esse tipo de tumor ocupa o sétimo lugar no ranking nacional de mortalidade entre as brasileiras.

Segundo o oncologista Juliano Cé Coelho, muitas vezes os sintomas do câncer de ovário podem ocorrer de forma tardia. Os mais frequentes estão relacionados com a região abdominal e pélvica, usualmente com desconforto e/ou dor, aumento do volume abdominal, constipação (prisão de ventre). Sintomas inespecíficos, como cansaço e emagrecimento, também podem acontecer.

Fatores de risco e prevenção

De acordo com o médico, fatores hormonais, ambientais e genéticos estão relacionados com o aparecimento do câncer de ovário. Idade avançada (geralmente após os 60 anos) e não ter tido gestação aumentam o risco, além do histórico familiar, pois cerca de 10% dos casos apresentam componente hereditário.

Dr. Juliano Cé Coelho - Foto divulgação

Dr. Juliano Cé Coelho – Foto divulgação

Para investigar a possível existência do câncer, Juliano conta que exames de imagem, como ultrassom ou tomografia, irão detectar alterações na região ovariana / abdominal (no caso da doença que se espalhou) e o diagnóstico é feito com a realização da biópsia.

O Ministério da Saúde recomenda que as mulheres devem estar atentas aos fatores de risco e manter o peso corporal saudável, consultando regularmente o seu médico, principalmente a partir dos 50 anos.

A entidade ainda orienta que a detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença ou com o uso de exames periódicos em pessoas assintomáticas só esta indicado naquelas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença. Entretanto, o diagnóstico precoce desse tipo de câncer é possível em apenas parte dos casos, pois a maioria só apresenta sinais e sintomas em fases mais avançadas.

Menstruação

O oncologista explica que a maioria dos casos ocorrem em mulheres que já estão na menopausa, portanto, não menstruam mais. No entanto, se as mais jovens são acometidas pela doença, o câncer pode levar a alterações menstruais — tanto pode parar a menstruação, como pode levar a ciclos mais curtos ou até mesmo com sangramento mais volumoso.

Tratamento

Juliano ressalta que o tratamento dependerá do estágio da doença ao diagnóstico, já que tumores muito iniciais serão tratados com cirurgia. “Casos de doenças ainda restritas, a região abdominal será tratada com a combinação de cirurgia e quimioterapia, enquanto a doença avançada, metastática, será tratada com quimioterapia”, esclarece.

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