NOSSAS REDES SOCIAS

Saúde

Cirurgia ortopédica: entenda o processo de reabilitação do paciente

Publicado

em

Foto divulgação

O trabalho multidisciplinar é essencial contando com enfermagem, fisioterapia e ortopedia, além de tratamentos alternativos como acupuntura, drenagem linfática e osteopatia

Segundo o ortopedista Acássio Barreto, o processo de reabilitação na pós-cirurgia ortopédica é bastante variável conforme a patologia tratada e as individualidades de cada pessoa. Ele cita a importância da comunicação efetiva do paciente com a equipe responsável pelo tratamento, que tem início com os cuidados da ferida operatória, limpeza e proteção do curativo, atendimento da ordem de mobilização ou não do membro operado, e também se é possível ou não fazer carga (andar) usando o membro operado. “Passado o primeiro período de cuidados com a ferida operatória, inicia-se o processo de reabilitação física para ganho de força e mobilidade. Nesse processo, o trabalho da fisioterapia é fundamental”, destaca.

Acássio conta que as consultas periódicas com o ortopedista são importantes para chegar à evolução do tratamento, a consolidação óssea (se o osso colou ou não) e diagnosticar alguma complicação que pode acontecer nesse momento, como, por exemplo, a infecção. “O principal desafio é fazer com que o paciente entenda as orientações e as siga de forma correta, pois o não cumprimento pode comprometer todo o resultado da cirurgia. Um pós-operatório bem feito é responsável por cerca de 70% do resultado da cirurgia”, aponta.

Estratégias de reabilitação

Conforme o ortopedista, fraturas articulares no pós-operatório necessitam de mobilidade precoce sem carga. Ele explica que é preciso um movimento da articulação para estimular a circulação do líquido sinovial para nutrir as cartilagens e estimular a cicatrização. “Devemos evitar colocar peso sobre a articulação (carga) até que a consolidação óssea esteja estabelecida”, orienta.

Já as fraturas instáveis, aquelas que o osso pode sair do lugar, precisam ser mantidas em imobilizações no pós-operatório. Acássio diz que são usados aparelhos gessados ou imobilizadores para manter o membro estável até que a consolidação aconteça — cicatrização do osso.

Acássio Barreto - Foto divulgação

Acássio Barreto – Foto divulgação

De acordo com o especialista, fraturas que conseguem uma maior estabilidade na cirurgia podem ter a reabilitação iniciada precocemente. Nesse caso, o paciente pode mobilizar e fazer carga no membro imediatamente após a cirurgia.

Alimentação e o estilo de vida no pós-cirúrgico

“Geralmente, pacientes bem nutridos e sem patologias prévias costumam ter uma reabilitação mais precoce, enquanto os pacientes com quadros de obesidade, diabetes e tabagistas costumam ter um processo mais demorado de tratamento”, afirma Acássio.

Entretanto, o especialista comenta que muitos pacientes questionam sobre a influência da alimentação na cicatrização pós-operatória. Ele lembra, no entanto, que ainda não há suporte científico suficiente para indicar ou contraindicar quaisquer alimentos para facilitar ou evitar complicações. Ademais, o médico enfatiza que se o paciente acredita que determinado alimento é prejudicial ao tratamento, o melhor é não o consumir, pois muitas vezes o fator psicológico pode influenciar mais que a alimentação.

Continue lendo

MAIS LIDAS