NOSSAS REDES SOCIAS

Saúde

Maio Cinza: campanha conscientiza população sobre o câncer cerebral

Publicado

em

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) diz que este tipo de tumor afeta 4% da população, ocupando o 10o lugar na lista dos cânceres que mais provocam mortes no Brasil

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o cérebro e a medula espinhal formam o Sistema Nervoso Central (SNC). Os tumores do SNC devem-se ao crescimento de células anormais nos tecidos dessas localizações. Este tipo de câncer representa de 1,4 a 1,8% de todos os tumores malignos no mundo. Cerca de 88% dos tumores de SNC estão no cérebro.

A oncopediatra Mariana Dórea conta que os tumores do Sistema Nervoso Central mais comuns são astrocitoma pilocítico (tumor de baixo grau de malignidade), o meduloblastoma e o ependimoma (ambos de alto grau).

Riscos

O Inca aponta que o câncer cerebral pode ser hereditário ou adquirido durante a vida. O tumor está relacionado a fatores genéticos, ambientais, tabagismo e alcoolismo. Certas condições aumentam os riscos, como a exposição à radiação (profissionais que trabalham com raio-x); pacientes que se submetem à radioterapia ou exames excessivos com radiação, como a tomografia; deficiência do sistema imunológico, HIV; exposição a chumbo, mercúrio, arsênico e agrotóxicos; trabalhar em empresa petroquímica, indústria de borracha, plástico.

Sintomas

Segundo o Inca, os sintomas de câncer cerebral que afetam os pacientes são dor de cabeça acompanhada por sinais de alarme, como o surgimento de dor nova, mudança de padrão da dor, aumento de intensidade e frequência, padrão fixo da dor e vômitos associados. Temos a epilepsia ou outras crises convulsivas, principalmente quando o paciente apresenta o problema pela primeira vez sem ter recebido o diagnóstico antes.

O alerta para as funções neurológicas acontece quando há perda de força ou do tato nos membros; visão ou audição; alterações da fala ou capacidade intelectual (compreensão, raciocínio, escrita, cálculo, reconhecimento de pessoas); comportamento (apatia, agitação ou agressividade) em relação ao padrão normal da pessoa. O surgimento de uma ou mais dessas alterações deve ser sempre informado ao médico.

Tratamento

Dórea aponta que o tratamento principal é a ressecção cirúrgica. “Quanto maior a ressecção, maiores serão as chances de cura. Claro que depende do tipo de tumor. Alguns tumores podem se resolver apenas com cirurgia, mas uma boa parcela vai precisar, além da ressecção, de quimioterapia e/ou radioterapia”, lembra.

O Inca reforça que o tratamento deve contar com profissionais especializados como neurologistas, neurocirurgiões, cirurgião oncológico e uma equipe multidisciplinar formada por vários profissionais de saúde, como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, dentre outros.

Dra. Mariana Dórea - Foto divulgação

Dra. Mariana Dórea – Foto divulgação

Câncer cerebral em crianças

A oncopediatra Mariana Dórea afirma que o tumor cerebral é o segundo mais comum na infância. A médica explica que as crianças terão cefaleia, e que essa dor de cabeça relacionada ao tumor vai acordá-las durante a noite ou fazê-las amanhecer com o incômodo. A especialista comenta que a dor de cabeça pode tirar a criança das brincadeiras cotidianas e ocasionar vômitos. Além disso, ela pode começar a andar diferente (ataxia), e o problema na visão chamado estrabismo pode aparecer, assim como a convulsão.

Continue lendo

MAIS LIDAS