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Taís Araujo expõe recusa a Vin Diesel e revela episódio de racismo em condomínio de luxo

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Taís Araujo explicou os motivos que a levaram a recusar o convite de Vin Diesel para atuar no filme Velozes e Furiosos, durante entrevista ao videocast Conversa vai, conversa vem. A atriz também falou sobre os desafios que enfrentou para educar seus filhos, João Vicente e Maria Antônia, em uma sociedade marcada pela desigualdade racial. Taís compartilhou um episódio de racismo que seu filho vivenciou em um condomínio de luxo e discutiu o impacto dessas experiências na infância.

Recusa ao convite de Vin Diesel

Taís Araujo revelou que foi convidada para um teste de seleção para o filme Velozes e Furiosos, mas, ao viajar para Los Angeles, optou por não aceitar o papel. Para ela, naquele momento, a prioridade era sua vida pessoal e sua família. “Eu queria ter filho. Meu marido está me esperando lá em Nova York. Mas é óbvio que se eu te falar que vou fazer, vou fazer, mas meu desejo agora é olhar para a minha vida pessoal”, explicou.

A atriz comentou que, apesar do convite para um grande filme, sua decisão foi motivada por não se identificar com o “sonho americano”. “Nunca tive esse ‘american dream’. Tenho uma vida muito boa aqui no Brasil, sou muito feliz aqui”, disse Taís, deixando claro que a experiência de viver em Hollywood nunca foi uma de suas ambições.

Racismo enfrentado pelo filho

Em outro momento da entrevista, Taís relatou um episódio de racismo vivido por seu filho, João Vicente. Ele foi parado por um segurança enquanto caminhava no condomínio de um amigo negro. “Estava andando no condomínio de um amigo negro, e o segurança parou eles”, contou Taís.

Ela lembrou que, ao alertar seu filho sobre o que ele poderia enfrentar fora de casa, disse: “Quando for na rua, vai ser pior”. Para Taís, essa situação não foi apenas um incidente isolado, mas um reflexo de uma sociedade que constantemente coloca obstáculos para as crianças negras. “É duro porque te obriga a tirar a inocência de uma criança. Mas se eu não alertar, pode ser pior”, completou.

A atriz também abordou o impacto de situações cotidianas de racismo na vida de seus filhos. Ela explicou que, além das grandes questões, são os pequenos gestos que também fazem parte da educação. “Falo pra minha filha: ‘Não deixa tocar no seu cabelo. Se tocar, tu pode… depois eu resolvo com a escola’”, disse.

A batalha para educar filhos negros em um ambiente desigual

Taís Araujo falou também sobre os esforços que ela e o marido fizeram para garantir que seus filhos tivessem uma educação de qualidade, apesar de viverem em um contexto social racialmente desigual. Ela destacou que, ao escolher uma escola predominantemente branca, ela e outros pais negros se organizaram para criar um movimento que trouxesse seus filhos para aquele espaço. “A gente fez um movimento de pais de crianças negras colocarem seus filhos nessa escola”, contou.

A atriz enfatizou a importância de ensinar seus filhos sobre sua herança cultural, algo que ela não teve acesso em sua infância. “Meu filho está lendo Carolina Maria de Jesus no oitavo ano. Minha filha estava estudando as escolas de samba. Estão aprendendo sobre a cultura do País. Isso já é um acontecimento bem diferente da minha época”, disse Taís.

Além das questões raciais, Taís também falou sobre os desafios de criar um filho homem em um mundo dominado pela misoginia. “Tento o tempo inteiro. E o mundo vai dizendo que a gente tá errado. Passa por mim também, de não ficar reproduzindo coisas. Estou me reeducando”, afirmou.

Ela explicou que, ao educar seus filhos, o objetivo não é apenas corrigir comportamentos entre meninos e meninas, mas garantir que os dois tenham igualdade de oportunidades e tratamento. “Quando falo que algo não pode para os meus filhos, nunca é porque um é menino e a outra é menina, mas pela idade”, disse Taís, deixando claro que as regras em casa se aplicam a ambos de forma igual, sem distinção de gênero.

No entanto, a atriz também contou que, mesmo dentro de sua família, é necessário lidar com os estereótipos passados pelas gerações anteriores. “Mas aí vem minha mãe e solta uma pérola, vem meu pai e solta outra”, comentou, apontando como, muitas vezes, ela precisa corrigir os avós para que não repitam padrões antiquados. E, ao fazer isso, seus filhos já estão aprendendo a se posicionar: “Mas eles já falam: ‘Vovô, não é assim’”, disse Taís. “Minha filha é mais combativa”, completou.

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