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Saúde

Tumores benignos de ovário existem e precisam de atenção médica

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Conforme o especialista, a informação mais importante que o profissional deve tentar descobrir quando se depara com um tumor ovariano é se ele é benigno ou maligno

De acordo com o ginecologista André Vinícius de Assis Florentino, os tumores benignos de ovário são cavidades cheias de líquido que se formam dentro ou na superfície do órgão. O especialista diz que esses cistos são relativamente comuns e a maioria não é cancerosa (benigna), desaparecendo por conta própria. Os cistos malignos são mais comuns em mulheres com mais de 40 anos. “Os cistos funcionais se formam a partir das cavidades cheias de líquido (folículos) dos ovários. Cada folículo contém um óvulo. Normalmente, durante cada ciclo menstrual, um folículo libera um óvulo e o folículo desaparece após a liberação do óvulo. No entanto, se um óvulo não for liberado, o folículo pode continuar a aumentar, formando um grande cisto”, explica.

Tipos de cistos funcionais

Foliculares: são formados quando o óvulo está se desenvolvendo no folículo.
Cistos do corpo lúteo: desenvolvem-se a partir da estrutura que se forma após o folículo se romper e liberar seu óvulo.

André Vinícius comenta que os cistos do corpo lúteo podem sangrar, fazendo o ovário inchar ou podem se romper. Se o cisto se romper, o fluido escapa para os espaços dentro da cavidade abdominal, o que pode causar dor intensa. “A maioria dos cistos funcionais tem cerca de 1,5 centímetro de diâmetro. Poucos atingem ou ultrapassam cinco centímetros. Os cistos funcionais desaparecem geralmente por conta própria após alguns dias ou semanas”, destaca.

Tumores ovarianos

Teratoma cístico benigno (cisto dermoide): desenvolvem-se a partir de três camadas de tecido do embrião (chamadas camadas de células germinativas). Todos os órgãos são formados a partir desses tecidos. Portanto, os teratomas podem conter tecidos de outras estruturas, como nervos, glândulas e pele.

Miomas: massas sólidas compostas de tecido conjuntivo (os tecidos que mantêm as estruturas unidas). Os miomas são de crescimento lento e medem cerca de sete centímetros de diâmetro. Eles aparecem geralmente em apenas um lado.

Cistadenomas: cistos cheios de líquido que se desenvolvem na superfície do ovário e contêm parte do tecido das glândulas ovarianas.

Sintomas

Segundo o ginecologista, a maioria dos tumores benignos de ovário não produz nenhum sintoma. Às vezes, a área pélvica dói ou ocorre dor durante a relação sexual. Ele esclarece que alguns tumores produzem hormônios que afetam os períodos menstruais. Como resultado, os períodos podem ser irregulares ou mais intensos que o normal. “Manchas podem aparecer entre os períodos menstruais e em mulheres na pós-menopausa. Esses cistos podem causar sangramento vaginal. Se os cistos do corpo lúteo sangrarem, podem causar dor ou sensibilidade na área pélvica. Ocasionalmente, pode ocorrer dor súbita e intensa porque um grande cisto ou massa faz com que o ovário se torça (uma condição conhecida como torção anexial). Além disso, o acúmulo de líquido no abdômen (ascite) pode ocorrer com miomas e câncer de ovário. A ascite pode causar uma sensação de pressão ou peso no abdômen”, aponta.

Tratamento

O médico lembra que se os cistos ovarianos tiverem cerca de cinco centímetros de diâmetro, eles desaparecem geralmente sem tratamento. Uma ultrassonografia é realizada periodicamente para verificar o problema. No entanto, se um cisto for maior que cinco centímetros e não desaparecer, pode ser necessário removê-lo. “Mas se o câncer não puder ser descartado, o ovário é removido. Se o cisto for cancerígeno, os cistos afetados, ovário e tubas uterinas são removidos”, ressalta.

Dr. André Vinícius - Foto divulgação

Dr. André Vinícius – Foto divulgação

O ginecologista conta que os tumores benignos de ovário, como miomas e cistoadenomas, requerem tratamento. Dessa forma, o cisto ou tumor é removido usando um dos seguintes métodos:

Laparoscopia: requer uma ou mais pequenas incisões no abdômen. São realizadas no hospital e geralmente podem precisar de anestesia geral. Contudo, não é necessário que a mulher fique internada de um dia para o outro.

Laparotomia: é semelhante, mas é preciso uma incisão maior e uma internação hospitalar durante a noite. “O procedimento usado depende do tamanho do nódulo e se outros órgãos estão envolvidos. Se tecnicamente viável, os médicos visam preservar os ovários removendo apenas o cisto — cistectomia”, ressalta.

A remoção do ovário afetado (ooforectomia) é necessária nos seguintes casos: miomas ou outros tumores sólidos que não puder ser removido por cistectomia; cistadenomas; teratomas císticos com diâmetro maior que dez centímetros; cistos que não podem ser separados cirurgicamente do ovário; a maioria dos cistos que aparecem em mulheres na pós-menopausa cujo diâmetro é maior que cinco centímetros.

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